terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Tragédia no Sul expõe o perigo de funcionar sem seguro e gestão dos riscos

Avaliar perdas, antecipar desastres, crises e emergências. Além disso, prevenir riscos, proteger patrimônios e salvar vidas humanas.

 A proposta do gerenciamento de riscos é reduzir a probabilidade de sinistros ou o seu impacto, caso ocorram. 

Um estabelecimento seguro poderia, por exemplo, ter evitado a morte de mais de 230 pessoas por causa do incêndio na boate em Santa Maria/RS, na madrugada de 27 de janeiro. 

Entre tantas lições da tragédia, ficou evidente o atraso existente no campo da segurança para situações com aglomeração de pessoas.

Para a presidente da Associação Brasileira de Gerência de Riscos (ABGR), Cristiane Alves, um programa de prevenção de perdas é de suma importância no mundo moderno.

 “A cada dia as exposições às perdas se tornam maiores e isso decorre do mundo globalizado, conectado por meio da internet, entre outros fatores como o aquecimento global, etc.

 Esse cenário traz desafios financeiros, políticos, legais, regulatórios, ambientais, cibernéticos, logísticos e de reputação, entre vários outros”. 

Assim, ela acredita que o desempenho de qualquer atividade está condicionado à identificação de possíveis riscos. “E havendo uma pequena chance de que uma perda possa se concretizar, é preciso trabalhar para afastá-la e minimizar o seu impacto”, pontua.

No caso de Santa Maria, além da inspeção de órgãos públicos em casas noturnas, faz-se necessário o monitoramento pelo responsável pela gestão de risco.

 “Cabe lembrar que faz parte do gerenciamento de riscos também o plano de ação a ser seguido diante da ocorrência do evento que causa a perda. O sucesso desse plano depende de testes e simulações periódicas”, diz.

Após todo o trabalho de identificação, análise, tratamento o gerente de riscos verifica qual o “apetite de risco” de sua companhia. Ou seja, até onde a empresa pode “bancar” eventual perda sem comprometer a sua continuidade, o seu fluxo de caixa. 

Toda eventual perda que ultrapasse o “apetite de risco” da companhia pode ser transferido a um terceiro. 

 “O seguro é o instrumento mais comum para a transferência de risco e por isso muitas vezes, até hoje, é difícil isolar a gerência de riscos do seguro”, afirma Cristiane, apontando também que existem diversas alternativas para mitigar riscos e o Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer. 

“Não temos a gestão de riscos em nossa cultura e isso decorre de vários fatores, incluindo históricos, políticos, econômicos”, avalia Cristiane.
 
 “Nas grandes e parte das médias empresas, fomos obrigados a desenvolver e por em prática a gerência de riscos, muito porque havia uma exigência por parte das seguradoras para aceitar o seguro”, completa a executiva.
 
 Fonte: CQCS | Camila Barreto
 
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